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TRIBUTO A ELVIS PRESLEY EM
OLIVEIRA DE AZEMÉIS



Aníbal Simão, proprietário da barbearia-museu Elvis, foi o principal impulsionador da homenagem ao "rei do rock'n'roll", que hoje se realiza em Oliveira de Azeméis.

Iniciativa promovida pelo barbeiro local e fã Aníbal Simão realiza-se durante a tarde de hoje. - Milene Marques.

A vida e obra de Elvis Presley é hoje celebrada em Oliveira de Azeméis, num almoço-convívio que juntará 130 fãs do rei do rock'n'roll e músicos. Principal promotor é o barbeiro local, Aníbal Simão.

Aos 63 anos, é o barbeiro Aníbal Simão, mais conhecido como o Elvis oliveirense, quem veste o papel de anfitrião no encontro vespertino, para o qual mobilizou grande parte da sua clientela.

"Tudo começou com uma brincadeira, mas é a primeira vez que tanta gente se junta para celebrar o Elvis em Portugal," regozija-se Aníbal Simão, que já pensa num próximo evento num local maior. Foi quando, há cerca de dois meses, conheceu o artista Francisco Peças, por meio da presidente do clube de fãs português, "Elvis 100%", que a ideia deste "encontro inédito" em Oliveira de Azeméis se começou a esboçar.

O mote era aquele conhecer a barbearia de Aníbal Simão, na Rua Dr. Salvador Tavares Machado, que há quatro anos adotou o nome "Elvis Museu". "Museu" por sugestão de vários clientes, segundo o barbeiro. "Para mim é mais um santuário," acrescenta. "O Elvis transmite-me força de viver," frisa Aníbal, que perderia o pai na mesma data em que o "Rei" partiu.

Ao longo dos anos, foi expondo ali tudo o que ia colecionando alusivo ia Elvis Presley (1935-1977), desde álbuns, livros, selos, medalhas, t-shirts, bibelots e louças a fotografias e quadros. Até lhe ergueu um altar, acompanhado na parede por uma moldura oficial do cantor de "Jailhouse Rock", com um autógrafo, uma pequena mecha de cabelo e um retalho da toalha que usava no barbeiro. Ao lado, no LCD junto ao sofá, rodam sem parar concertos ou filmes com o músico e ator norte-americano. "Quem me dera ter sido o barbeiro dele," confessa o fã rockabilly, de patilha longa e grossa e cabelo puxado para trás, que adotou o estilo já em miúdo.

Foi com "Love Me Tender" que começou esta história de amor por Elvis. Tinha 12 anos quando o ouviu pela primeira vez na rádio e nunca mais esqueceu aquela "voz tão poderosa", que "julgava ser de um negro". Imagem dissipada tempos mais tarde, quando encontrou um livro sobre o cantor numa tabacaria no Porto. Assim, com 15 escudos, começou a sua coleção.

A fiel clientela de Aníbal já lhe conhece todas as histórias, inclusive as suas andanças em 2002 por Graceland, a mansão-museu de Elvis em Memphis (EUA), onde gostaria de voltar este ano.

Os clientes apreciam a mão do barbeiro e também o ambiente da sua casa. "Enquanto nas outras barbearias há monotonia, aqui há alegria," afirma Álvaro Correia. "Ele só fala do Elvis. Incutiu-nos o bichinho," admite outro velho cliente, Belmiro Marques, que participa no encontro de aficionados.


Mais do que um almoço em honra de Elvis Presley, o convívio de hoje em Oliveira de Azeméis pretende ser uma grande festa, com António Carlos Coimbra e Francisco Peças a prestarem-lhe tributo. O ponto de encontro é a barbearia "Elvis Museu" de Aníbal Simão, seguindo-se a romaria para o restaurante Rei Dom Pipas, onde os espetáculos começam às 15 horas (reservas esgotadas). "Elvis the Pelvis" completaria 79 anos no passado dia 8 de janeiro, se estivesse vivo, e é a sua vida que pretendem celebrar. "Ele era uma pessoa com um coração do tamanho do mundo, de

origens muito humildes," sublinha Aníbal Simão, que juntamente com o clube de fãs "Elvis 100%" promove o encontro. Francisco Peças presta tributo a Elvis desde 2008 e venceu o concurso televisivo "Quero Ser Elvis". Já o músico António Carlos Coimbra ganhou o prémio de "Melhor Apresentação" no Elvis Fest 2011, em Las Vegas. Haverá ainda um momento de karaoke animado pela filha do barbeiro, que canta e herdou do fanatismo do pai o nome de Lisa Maria (como a Presley).

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