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Meu Passeio a Memphis
Viagem aguardada com Muita Ansiedade, Sonhada e Planejada em Dois Anos

Mariangela Tavares, agosto de 2012

Quando o avião começou a sobrevoar a cidade e o Aeroporto de Memphis a emoção tomou conta de mim; fiquei pensando quantas vezes ELVIS fez aquele sobrevoo e observou a paisagem em baixo a bordo do seu Lisa Marie... e eu, naquele momento, estava fazendo o mesmo; parecia coisa de sonho. Assim que a aeronave aterrizou e abriu a porta respirei fundo o ar de Memphis. 

Graceland, a alma de Elvis, é um complexo gigantesco cuja mansão é o centro das atenções, ingresso comprado, fomos para uma fila aguardar o ônibus que nos deixaria na porta da casa. Isto feito, o veículo adentrou a propriedade e nos deixou na frente da mesma... 

Eu achei a casa linda: as salas não são grandes e são até simples (para os padrões atuais), uma casa normal, sem ostentação, com mobiliário acessível a quase todas as pessoas ali presentes, nada mirabolante ou muito diferente (exceto a Jungle Room), móveis e utensílios reais, factíveis; casa com cheiro de casa, de uma pessoa como nós mesmos. Achei o máximo, isto me fez sentir mais próxima de Elvis. Até o aparelho de som ao lado do piano parece com um que ainda temos na família. 

Por demais emocionante olhar todas as coisas e saber que ELVIS andou por ali, tocou naqueles objetos, sentou no chão com sua filha. Imaginei ele andando de pijamas e meias pela casa, vindo da cozinha com sanduíche na mão, sentado ao piano... 

Muitas pessoas não gostam da decoração, mas cada um faz como gosta e ainda bem que cada  ser humano  pode  deixar  sua casa com sua cara, eu gostei muito, amo espelhos, cores, cristais, prata... observei cada cantinho da mansão. 

Chorei muito quando saí e olhei pro Aras (*)... vi os cavalos, andando calmamente, todo aquele verde que ele amava tanto, era um choro que trazia a calma, numa tarde de muito sol, olhei em seguida a piscina onde ele diversas vezes brincou com amigos e familiares, admirei as árvores antigas, bem altas, das quais peguei do chão algumas folhas secas. Definitivamente, Elvis ainda mora lá. 

Porém,  a grande emoção veio quando entrei na sala onde estavam as jumpsuits, os discos de ouro e platina..., em  quase todos os cômodos existem aparelhos de TV rodando um DVD de Elvis e no espaço das roupas e discos há mais de um aparelho... A gente vê aquelas roupas, as botas, bem usadas, ele cantando na TV, não tem como segurar... chorei e outras pessoas também, é muito comovente e não dá vontade de sair de lá.

Diversas dependências da mansão não são liberadas ao público, uma pena, pois o pavimento superior tem uma sacada para a piscina e jardins que deve proporcionar uma visão bem legal da propriedade, mas a família é quem decide. 

O jardim da meditação onde ele repousa ao lado de familiares: é lindo, bem decorado pelos fãs e diante da lápide prometi que voltaria numa época mais calma para poder ficar com ele mais tempo (coisa de fã maluca).  

Retornei dia 15, à tarde, e fiquei até a cerimônia das velas, aliás... maravilhosa. Dispuseram caixas de som com ELVIS cantando, nos deram velas, havia também um pequeno palco ao lado do portão onde a ex mulher, Priscilla, e a filha, Lisa, falaram algumas palavras ao público, ali presente. Depois outras pessoas falavam seus textos e Elvis cantava entre as falas... lindo demais, novamente muita gente chorando; tudo escuro, apenas as velas acesas e a música. 

Depois as pessoas se perfilaram e foram passar diante da sepultura no Jardim da Meditação, coisa que não fiz por falta de condições físicas para ficar horas em pé, mas eu já havia cumprido minha missão e  trouxe, o que restou da minha vela para casa. 

No complexo comercial que há junto ao Avião, Carros, Motos e demais espaços Elvísticos, existem muitas lojas que vendem todo o tipo de objetos, roupas, utensílios com a marca e o nome Elvis. Comprei algumas coisas, a gente tem vontade de trazer tudo, mas haja dinheiro; tudo é muito caro, não talvez para quem ganha em dólares. 

Num outro dia fomos a Tupelo conhecer a réplica da casinha onde ele viveu até mais ou menos 13 anos; tão pequenina  e  onde  há  apenas uma cama de casal, e demais mobília básica; dizem que Elvis dormia nos pés da mesma... há também a  réplica da Igreja onde ele teve sua iniciação religiosa e musical. 

Aqui vai um detalhe: as pessoas se sentam, eles descem 3 telões, um na frente e 1 de cada lado do salão, projetam vídeos que dão a impressão que estamos voltando no tempo, dentro de uma reunião religiosa da época... é emocionante. E como se chora, eu quase não conseguia me conter. 

Toda a pessoa que ama Elvis precisa um dia ir conhecer sua casa. Fica por entender que magia é essa que Elvis exerce sobre nós, esse fascínio, esse amor incondicional, imenso que preenche todos os espaços vazios e nos deixa plenos. 

A gente se sente tão próximo dele e dizem que a cada visita os olhos da gente veem coisas novas... é aguardar e comprovar. Fiz meus registros com fotos, sem flash que não ficaram muito bons, mas que para mim valem muito. 

E ficou minha promessa, Elvis, eu voltarei. 

(*) Nota: “Aras” é onde se criam e cuidam de cavalos (palavra usada no Brasil) 

Muito obrigada, Mariangela, por esta partilha com os sócios do Elvis 100%!

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