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Transcrição daquilo que se pode ouvir na entrevista:

Elvis Presley nasceu há 80 anos. No aniversário do Rei do Rock, a TSF conversou com a presidente do clube que reúne os fãs portugueses. À jornalista Guilhermina Sousa, Célia Carvalho, conta que descobriu Elvis há mais de 30 anos quando ainda não tinha completado uma década de vida (por baixo, toca Jailhouse Rock). Célia Carvalho tinha apenas 9 anos quando “Jailhouse Rock”, o filme, a fez descobrir o Rei. “A minha mãe disse, ‘Oha, filha, vai dar um filme na televisão com um artista do tempo da mãe, que eu gosto muito e tu também vais gostar de ver.’ E pronto, a partir dali... mas quem é este Elvis? Na altura eu tinha 9 anos, ele tinha falecido há 2 anos. Fiquei super aborrecida porque ninguém me tinha falado dele, tinha estado viva ao mesmo tempo do que ele e não tinha tido consciência disso.” A coleção só começou mais tarde, lá pelos 17, 18 anos, mas a paixão nasceu logo ali. “Eu, com 9 anos, por exemplo, quis logo saber inglês. Porque é assim: mas agora como é que eu vou saber o que ele está a dizer nas canções?” Célia já esteve duas vezes em Memphis, na mansão de Elvis, mas foi nas duas divisões apenas da casa de madeira onde o Rei nasceu, no Mississippi, que mais a impressionaram. “A primeira divisão era dedicada ao quarto e a seguir era a área da cozinha. Portanto, a casa tem um nome que nos Estados Unidos definem por Shotgun House. Shotgun quer dizer tiro de espingarda. Dava-se um tiro na entrada e o tiro saía por trás, do outro lado, atravessava a casa toda.” Cabia na sala de Graceland essa pequena casa de madeira, símbolo de uma cidade que recebe muito bem os fãs de Elvis Presley. “Fizeram 22 chaves da cidade porque eram 22 países que lá estavam representados e deram uma a cada pessoa que representasse cada país, banhadas a ouro e que eu trouxe.” Célia Carvalho não tem objetos pessoais de Elvis. Para ela, a verdadeira coleção tem que ensinar alguma coisa. “São livros, bons livros, e que os há muito bons. E depois, é claro, a música e a filmografia. Tudo o que tenha a ver com coisas em que a gente o veja e o oiça. Não é propriamente a ter uma coisa que foi dele. Isso só teria valor para mim se fosse ele que ma tivesse dado.” Célia conta que a mãe costumava adormecer ao som de Elvis quando estava grávida, por isso diz que já ouvia o Rei mesmo antes de nascer (por baixo, toca Are You Lonesome Tonight).

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