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O ELVIS 100% E ANTÓNIO CARLOS COIMBRA
NA RÁDIO RENASCENÇA NO DIA DOS REIS


Legendas: António Carlos Coimbra, com Célia Carvalho, no estúdio da Rádio Renascença.

 

No final do ano passado, mesmo no último dia, enviamos um mailing geral para toda a comunicação social para alertar que Elvis Presley faria 82 anos de idade no dia 8 de janeiro e que 2017 marca o 40º aniversário da sua morte, sendo que temos alinhado para marcar essa data o nosso “Elvis & Friends 2017 – 40 Anos de Saudade”. A ideia é sempre a de que se lembrem de falar de Elvis Presley e também a de nos disponibilizarmos a ajudá-los, nas matérias que possam querer elaborar.

 

Poucos dias depois recebemos um telefonema da Rádio Renascença, que queria fazer um programa especial para o Dia dos Reis, 6 de janeiro, uma sexta feira e se conhecíamos algum artista de tributo a Elvis que pudesse estar no programa para ser entrevistado e fazer vários apontamentos musicais, desde as 07h30 até às 10h00. O programa seria “Manhãs da Renascença com Carla Rocha”. Também queriam a presidente do Elvis 100% (Célia Carvalho) presente para ser entrevistada e falar sobre as nossas iniciativas. A pessoa que sugerimos, por ter os requisitos necessários para aquilo que a rádio exigia – e porque vai estar presente no “Elvis & Friends 2017” - foi, obviamente, António Carlos Coimbra. Claro que ambos dissemos logo que sim, apesar das dificuldades que isso implicava, principalmente para o António, que vinha de Vila Nova de Santo André. Apesar de estar meio rouco, lá acordou às 04h00 da madrugada, fazendo-se acompanhar da sua Elvira (como ele chama à sua guitarra), para cantar e atuar ao vivo na Rádio Renascença.

 

Sendo Elvis o Rei do Rock’n’Roll, estava perfeitamente enquadrado para ser falado nesse Dia dos Reis. E também presente pelos mesmos motivos, esteve o Sr. Dom Duarte de Bragança, que também foi entrevistado em estúdio.

 

O que se segue são as transcrições de tudo o que se disse e falou durante esse programa, com todo o stress e problemáticas inerentes a um programa ao vivo, em direto que, além de ser muito estimulante, pode também provocar algumas naturais situações de nervos.

 

Carla: Temos connosco, esta manhã, o Rei do Rock, neste Dia dos Reis. Não sei se sabe isto, mas domingo, no dia 8 de janeiro Elvis Presley faria 82 anos. E este ano, 2017, já se assinala os 40 anos da morte deste que foi o Rei do Rock, como sempre lhe chamaram. E continua a dar muito que falar nos dias de hoje. Bom dia, António Carlos Coimbra!

António: Muito bom dia.

Carla: É o mais internacional artista de tributo ao Elvis português.

António (alguns segundos de silêncio): Pois... mas também não há muitos por cá.

Carla: Mas internacionalmente, há muito. E eu sei, António, que já ganhaste um prémio no Elvis Fest de Las Vegas – não foi assim há tanto tempo, foi em 2011 – na categoria de “Best Appearance” (Melhor Apresentação).

António: Exatamente. Tive o privilégio de pisar as tábuas do mesmo palco em que Elvis cantou mais de 800 vezes.

Carla: Isso assim para um artista como tu, que tem essa adoração pelo Elvis, deve ter sido...

António: Foi de perder o ar.

Carla: Acredito! Já vamos falar sobre isso. Já vamos ouvir o António Carlos Coimbra cantar também, Elvis Presley, obviamente, que é uma emissão inevitável que tem. Vai ser a manhã mais real de sempre: vamos falar de reis magos, claro, de reis da música.

 

Carla: António Carlos Coimbra é o mais internacional artista de tributo a Elvis, é português e vai passar a manhã na Renascença. Olá, António, mais uma vez. E obrigada por teres vindo. Vieste de onde...?

António: Vim de Vila Nova de Santo André e fiz uma coisa incrível, que é acordar às 4 da manhã.

Carla: Bem vindo ao clube...

António: Mas vale a pena...

Carla: ... dos que acordam às 4!

António: ... para estar em tão boa companhia, com vocês.

Carla: Obrigada, António. Como é que aconteceu, tornares-te um artista de tributo ao Elvis?

António: Eu canto há muitos, muitos anos e faço as minhas músicas originais. Acima de tudo, sou músico, sou produtor...

Carla: Tens discos editados, originais.

António: Sim, sim, tenho. Tenho discos editados, tenho centenas de canções escritas, faço música para teatro há mais de 20 anos...

Carla: Uau.

António: A minha vida está realmente ligada à música. Como é que apareceu a minha paixão pelo Elvis, é essa a tua pergunta?

Carla: Sim, essa tua vocação para representar o Elvis, não é? Tanto – nós vamos ter um vídeo que vai para o Facebook – visualmente, estás vestido como Elvis se vestia, até a poupa que, noto, levaste algum tempo a fazer de manhã, e a música, não é? A tua voz! Como é que és tão semelhante?

António: O que se passa é que, desde que comecei a cantar, os meus colegas diziam, “Eh pá, não cantes tantas canções do Elvis!” E eu... “Mas então, eu não canto nenhuma!” Só devia ter cantado uma ou duas e passei toda a vida, de certa forma, a afastar-me do Elvis.

Carla: Então, quem te ouvia, a tua música era muito... parecida com Elvis Presley.

António: As canções que eu cantava no meu primeiro grupo com 16 anos, um grupo de baile, disseram “Não cantes músicas do Elvis” e, “Eu não canto”.

Carla: E não cantavas nenhuma.

António: E não cantava nenhuma. Entretanto, fui fazendo as minhas canções, a minha carreira, passei a vida a cantar, não é? Posso dizer isso. E há cerca de... estamos em 2017, não é, já?

Carla: Sim, já estamos em 2017.

António: Houve uma altura em que um colega entrou no meu estúdio e, por acaso, eu estava a cantar uma canção do Elvis. E ele disse, “Eh pá, porque é que tu não te dedicas a cantar Elvis?” E como gosto de Elvis, sempre gostei, pensei vou realmente juntar o útil ao agradável, não vale a pena tentar fugir: eu gosto. Se tenho a felicidade de ter um timbre parecido com o do Rei, então vamos cantar, aproveitei.

Carla: Então, vamos aproveitar que estás aqui. António, o que é que vais cantar para nós do Elvis?

António: Então, talvez uma canção do princípio, de 1956, Love Me Tender.

Carla: Okay, é muito inspirador, aquilo que vai ouvir agora, na sua manhã da Renascença, o Love Me Tender.

(António canta Love Me Tender, acompanhando-se a tocar guitarra. Quando chega ao fim, o estúdio é inundado de imensos aplausos).

Carla: Parabéns, António! Tu nasceste mesmo para isto. Tens realmente esse dom. E tens esse dom que, enfim... nós começamos a falar e quando começaste a tocar, o estúdio estava vazio, só estava eu e o Rui, aqui a ver toda a afinação e a ver se o som chegava nas melhores condições. E chegou, parabéns, está espetacular! E, de repente, acabas de cantar e o estúdio está cheio... toda a equipa...

António: Olha, isto faz-me lembrar...

Carla: O quê, o que é que te faz lembrar?

António: Eu, em miúdo, antes dos 16 anos – tinha para aí uns 14 – no liceu, eu andava sempre com a minha querida atrás, com a Elvira.

Carla: A tua querida?

António: Pois, a Elvira.

Carla: A Elvira é a guitarra? É a guitarra.

António: Foi batizada ontem, mas pronto, precisamente por causa do vosso programa.

Carla: Ah, e por uma muito boa causa!

António: E recordo-me de um belo dia em que tive um furo e sentei-me no chão, sozinho, a cantar e tal... no meu mundo.

Carla: Quer dizer, mudar o pneu, está quieto.

António: Entreti-me, a cantar. Quando acabo de cantar - não se via ninguém - oiço uma grande salva de palmas, aquilo estava completamente cheio de gente e eu nem tinha reparado. E agora, foi semelhante porque vieram tantos...

Carla: Imensos! E olha, a pergunta que fica, é: alguém te ajudou a mudar o pneu?

António: Se alguém me ajudou a mudar o pneu? Hum... uma pessoa tem de aprender a desenrascar-se na vida!

(Risos e o programa segue com outras rubricas).

 


Legendas: António Carlos Coimbra, com Célia Carvalho e Carla Rocha, no estúdio da Rádio Renascença.

 

Carla: Temos estado a ouvir músicas de Elvis. António Carlos Coimbra ganhou um prémio em Las Vegas, no Elvis Fest, em 2011, está aqui. Já fez magia, esta manhã. Se perdeu esse momento, vai ter a oportunidade de ouvir, mais uma vez, António Carlos Coimbra a cantar Elvis Presley.

(Segue-se outra rúbrica).

 

Carla: António, o que é que vais cantar, do Elvis?

António: Estou a pensar cantar uma canção que tem uma história engraçada, que é... portanto, há muitos anos, há muitos, muitos anos, estava o Johnny Cash a cantar e havia um casal em que... portanto, a rapariga queria dançar e ele não queria dançar. Dizia, “Não, querida, não quero dançar, porque me estás a pisar os sapatos, os meus sapatos novos, não me pises nos sapatos”. E, entretanto, ele achou aquilo estranhíssimo e contou a história ao Carl Perkins. “Eh pá, devias fazer uma canção sobre esta história”. E ele fez a canção. O Carl Perkins gravou, foi um grande sucesso. Depois o Elvis gravou e foi um mega sucesso.

Carla: Então, vamos ouvir a canção dos sapatos.

Miguel: Suspeito bem que são sapatos de camurça azul...?

António: Exatamente.

Carla: Vamos a isso!

(António canta Blue Suede Shoes, seguido de outra grande ovação em estúdio).

Carla: Yeah! E, mais uma vez, o estúdio enche de pessoas porque este homem, o António, tem esta capacidade, de trazer toda a gente para dentro deste estúdio, para te aplaudir. Parabéns, António, não te vás embora, vais continuar aí toda a manhã!

(Seguem-se as notícias e entrevista com Dom Duarte de Bragança, presente no estúdio juntamente com António).

 

Carla: ... este ano assinalam-se os 40 anos da morte, é o Rei do Rock, nós sabemos que é fã do Elvis Presley. E temos o António Carlos Coimbra connosco aqui, esta manhã. Chegou cedo, veio de propósito de Santo André, acordou às 4 da manhã e acho que não podemos deixar passar este momento e terminar esta entrevista com uma música especial para si e para todas as pessoas que nos ouvem a esta hora. António, o que é que preparaste para Dom Duarte?

António: O que é que eu preparei para Dom Duarte...?

Carla: Pergunta um bocadinho complicada!

António: Ora bem... diga-me qual é a sua canção favorita do Elvis.

Dom Duarte: Não, não, escolha, escolha.

António: Escolho... okay.

(António canta It’s Now Or Never, com final poderoso. Os problemas de rouquidão de que se queixava na noite anterior, não se fizeram, nunca, sentir).

Carla: Uau!

Dom Duarte: Uau, uau!

Carla: Não há diferenças!

Miguel: Não admira os prémios que tem tido, não é?

Carla: Realmente! Dom Duarte, satisfeito com esta exibição fabulosa do António?

Dom Duarte: É muito bom.

Carla: É muito bom.

António: Desculpe, mas estava a olhar mais para a Carla do que para si!

Carla: Ninguém te leva a mal e o Dom Duarte não leva a mal com certeza!

(Seguem-se outras rúbricas do programa).

 


Legendas: A simpática locutora, Carla Rocha; e António Carlos Coimbra acompanhado de Paulo Espírito Santo, da barbearia O Corvo.

 

Carla: Temos tido aqui António Carlos Coimbra esta manhã a cantar para nós, muitas reações por sms. Muito obrigada, António porque, de facto, tem sido uma manhã inspiradora graças, muito, à tua participação. Agora, vamos falar sobre um fenómeno, que é a poupa à Elvis. O Paulo Espírito Santo junta-se a nós, tem 28 anos, é proprietário de uma barbearia na baixa de Lisboa que se chama O Corvo. Paulo, bom dia. É um fenómeno, a poupa do Elvis, não é? E tu fazes, não é? Sei que tu tens esse dom de fazer a poupa do Elvis. Consegues explicar às pessoas que adoram o Elvis – e não só, àquelas que querem experimentar fazer a poupa – como a podem fazer?

Paulo: O corte é muito importante, convém fazer um corte com um profissional que esteja habituado a trabalhar com os cortes mais clássicos dessa época...

Carla: Como tu, por exemplo.

Paulo:... por exemplo. E que goste disso. Depois, é preciso alguns tipos de produto, coisas com alguma gordura, pois é muito associado àquela época, ter aquelas pomadas, brilhantina, mais grease, muito secador e... neste caso, a poupa do Elvis, o pompadour do Elvis era muito longo na frente, era assim... o pompadour já existia antes do Elvis a usar...

Carla: Então, não foi o criador deste estilo.

Paulo: Não foi, mas tornou o estilo mais popular na altura, um pouco também como rebeldia porque os cortes na altura eram muito militares, muito curtos, também era um período pós guerra e a rebeldia dos jovens levou-os a fazer uma poupa mais alta e pela qual ele é conhecido.

Carla: Quanto tempo é que uma pessoa, pela manhã, poderia levar a fazer uma poupa à Elvis?

Paulo: Com um bom corte de cabelo, não mais do que 10 minutos.

Carla: Dez minutos, só...?

Paulo: E com o produto certo, sim.

Carla: Tem é que ter o produto certo e as mãos certas. E que, às vezes, em casa, não temos.

Paulo: Mas com o corte certo, é só aplicar algum produto, pentear, secar e...

Carla: Então, vamos falar com o António e perceber: tu és um mestre na poupa do Elvis, não é? Já fizeste várias vezes, para os teus espetáculos. Quanto tempo é que demoras, a fazer?

António: Eu não faço poupa, eu estudo o meu cabelo...

Carla: Mas tens de analisar a poupa.

António: Sim, mas quando vou fazer os meus trabalhos em palco, costumo levar uma peruca...

Carla: Ah!

António:... porque ele tinha um volume de cabelo enorme, tinha um espetáculo de cabelo.

Carla: E então, podemos ouvir-te, mais uma vez?

António: Claro.

Carla: Aproveitando também que o Paulo está aqui. O Paulo junta-se a nós para ouvir este grande momento. Há uma música que há pouco falava com o Miguel Coelho que ele adora: Are You Lonesome Tonight. Podemos ouvir essa?

António: Mas é claro que sim.

Carla: Ora bem, vamos lá a isso.

(António canta Are You Lonesome Tonight, seguido, mais uma vez, de um grande aplauso. “Muito bom!”)

Carla: Mais um momento inspirador desta manhã com António Carlos Coimbra! É o mais internacional artista de tributo ao Elvis. Bem, esta manhã tens... trabalhado bem!

António (risos): Comecei desde as 4 da manhã!

Carla: Saíste de Santo André para vir diretamente para a Renascença.

(Seguem-se outras rúbricas do programa).

 

Carla: Faria 82 anos, Elvis Presley, o Rei do Rock. Convidamos um artista de tributo a Elvis Presley para estar aqui toda a manhã. E o António tem estado aqui a arrepiar muita gente. O Leandro partilhou no What’sUp da Renascença que está a conduzir, e está a conduzir todo arrepiado, com música que tens tocado aqui toda a manhã. Obrigada por isso.

António: Obrigado eu, pelo convite, pela companhia, porque vocês são realmente espetaculares, ista é uma equipa fantástica. E em casa as pessoas não têm ideia do que se passa aqui.

Carla: Mas é, temos uma equipa fantástica e o bom ambiente que se vive aqui é excelente.

(Seguem-se mais algumas dicas sobre como fazer a poupa de Elvis, com Paulo Espírito Santo, da Barbearia O Corvo e outras rúbricas do programa).

 

Carla: Temos estado aqui com António Carlos Coimbra a cantar músicas de Elvis Presley aqui ao longo desta manhã e agora junta-se a nós Célia Carvalho, que é presidente de um clube de fãs do Elvis. Conhece Elvis desde sempre, a mãe era super fã, mas assim conscientemente é desde os 9, não é, Célia?

Célia: É isso. Bem, a minha mãe não era super, super fã. Ela gostava de Elvis...

Carla: Mas a tua... esta loucura vem de onde, então?

Célia: Ela diz que já começou dentro da barriga dela porque ela costumava adormecer a ouvi-lo cantar já grávida de mim. Portanto, eu penso que a voz dele sempre me foi conhecida, de alguma forma. Mas conscientemente só o vi e me apercebi de quem era, embora também já o tivesse ouvido cantar, com 9 anos de idade, 2 anos depois de ele ter falecido. Portanto, descobri que ele já tinha morrido, fiquei muito zangada porque ninguém me falou que ele era vivo ao mesmo tempo que eu. Mas de qualquer forma, ficou comigo, porque gostei da forma como ele cantava, como dançava e principalmente a irreverência e a energia que ele tinha. Isso ficou comigo, desde os 9 anos, até hoje.

Carla: E o que é que tens a dizer – eu sei que vinhas a ouvir a Renascença – o que é que tens a dizer destas atuações do António esta manhã?

Célia: O que é curioso é que eu também conheço a voz do António desde há muitos, muitos anos. Eu tinha 17 anos quando o ouvi cantar pela primeira vez numa cassete que ele gravou, mas o nome dele não vinha na cassete – eu não sabia que era ele. E só o conheci há cerca de uns 3 anos atrás. E quando o ouvi fiquei logo bastante impressionada porque ele tem naturalmente um timbre muito semelhante ao de Elvis, mesmo muito parecido. Tanto que, muitas vezes, estou a ouvi-lo cantar em casa e ele engana-me. Às vezes penso que é Elvis que estou a ouvir. Portanto, essa é uma característica que ele tem, que é boa para ele e para nós porque ele canta também originais dele e parece o Elvis. Então, nós pensamos, se Elvis estivesse vivo, secalhar estaria a cantar isto e seria assim. E isso é muito bom para nós.

Carla: António, tu enganas muito as mulheres?

António: Eh pá, não digas isso, que a minha está ali.

Carla: Pois é, está ali e está a acenar!

António: Mas olha... por acaso, tenho que agradecer à Célia, porque ela fez-me uma proposta. Disse-me, “Olha, gostaria muito de ouvir uma determinada canção, que é You’re Still the One da Shania Twain na voz de Elvis, e é impossível, não é? E gostaria que cantasses só para ter uma ideia de como é que poderia ser.” E então, decidi fazer um arranjo e cantá-la com a minha voz porque cantar à Elvis é... portanto, cantar naturalmente, porque a voz tem um timbre parecido. E depois fiz mais uma, mais outra e mais outra e acabei por fazer um CD que se chama As Canções que Elvis Não Cantou. E olha, gostava de to oferecer a ti...

Carla: Obrigada, obrigada!

António: São versões de canções dos anos 80, dos anos 90, alguns originais meus...

Carla: Tem Simply the Best, de Tina Turner, cantado pelo Elvis.

António: Não pelo Elvis, por mim! (risos)

Carla: Pois, eu até me esqueço! Porque tu enganas! Muito bom. Junta-se a nós também Aurélio Carlos Moreira. É locutor do Grupo Renascença. É o locutor com mais anos de profissão, mais anos no ativo, são 60 anos de carreira, parabéns, Aurélio. E o Aurélio está aqui também porque viveu estes momentos, não é? Como é que era...?

Aurélio: Antes de mais, bom dia a todos.

Carla: Bom dia, Aurélio! É um prazer tê-lo aqui.

Aurélio: Eu tive o privilégio de ajudar a promover o Elvis Presley. Porque nos anos 50, mais precisamente, em 58, criei uma rubrica na rádio intitulada “Música para Jovens”. E um ano depois, deu lugar ao “Passatempo para Jovens” que foi um programa que, sem falsa modéstia, marcou a rádio em Portugal.

Carla: Ai, marcou, com certeza.

Aurélio: E o Elvis Presley era dos cantores que marcava presença diária. E marcava presença diária porque os ouvintes, principalmente, as ouvintes...

Carla: As ouvintes!

Aurélio: ... diariamente enviavam das escolas e dos liceus, cartas e cartas com diversas assinaturas, indicando a turma que frequentavam, pedindo as canções do Elvis Presley. E nessa altura era uma sociedade muito fechada e o Rock não era ainda muito bem recebido.

Carla: Hum, não era muito bem visto.

Aurélio: Portanto, foi um caminho a percorrer. Depois também, tive a ocasião de, através do programa, fazer algo que agora se faz todos os dias e que é promover os filmes. E o programa promoveu os filmes de Elvis, inclusive esteve numa promoção especial daquele filme, King Creole, do Elvis. Portanto, há uma ligação minha e dos ouvintes ao Elvis Presley.

Carla: Já vamos voltar a falar consigo para saber como é que eram as fãs naquela altura, que loucuras é que presenciou...

Aurélio: Só vou fazer um pedido antecipado ao António Carlos.

Carla: Então, que é?

António: É se ele daqui a pouco, nem que fosse só um bocadinho, interpretava uma das minhas canções preferidas do Elvis Presley.

Carla: E qual é, Aurélio?

Aurélio: É o Love Me Tender.

(Risos).

António: Já a cantei...

Carla: Atendendo ao Aurélio e à pessoa que é e aos 60 anos de carreira, eu acho que ele merece...

Aurélio: Basta um minuto, um minuto.

Carla: ... que a cantes outra vez.

António: Vamos a isso?

Carla: Vamos!

António: Põe o cronómetro a trabalhar.

Carla: Pode ser mais um bocadinho, nós gostamos muito. Estamos em direto, da Renascença.

(António canta um bocadinho de Love Me Tender).

Carla: Oh, yeah! Muito bom, muito bom. Tem sido uma manhã magnífica aqui, falamos de Elvis Presley esta manhã. Estamos também com a Célia, que é presidente do clube de fãs, com o Paulo, que tem uma barbearia onde fazem melhor do que ninguém a poupa do Elvis, com o Aurélio, que viveu intensamente, enfim, estes anos de loucura com o Elvis. E no domingo, Elvis faria 82 anos.

Célia: É para falar sobre o assunto?

Carla: Podemos falar sobre o assunto, claro que sim.

Célia: Então, é assim: nós, a nível do clube, costumamos celebrar sempre a altura em que Elvis faz anos mais ou menos em março porque... em janeiro, convenhamos, está assim um bocadinho de frio, as pessoas não gostam muito de sair nessa altura. E então, em março, nós no clube, temos uma festa que é conhecida por “Elvis & Friends”, que vai ocorrer no dia 26 de março, que é um domingo. E vamos lá ter o artista de tributo que tem estado aqui a cantar esta manhã no programa, que é o António Carlos Coimbra. Se vocês estão a gostar de o ouvir cantar...

Carla: Muito!

Célia: ... nada melhor do que aproveitar esta oportunidade para estar presente nesta festa. Basta procurarem na Internet “Elvis 100%”, o clube de fãs, que são logo encaminhados para o nosso Facebook, onde estão todos os detalhes sobre esta festa. Portanto, vamos festejar os 82 anos que ele faria se fosse vivo e também marcar de algum modo os 40 anos que este ano passam desde que Elvis faleceu. Portanto, é uma data muito importante no mundo para todos os fãs e durante todo o ano vão ocorrer várias celebrações para, de algum modo, festejar a vida, a carreira e o legado que ele nos deixou em todo o mundo. E nós temos, então, essa festa alinhada, para dia 26 de março.

Carla: Então, vamos fazer aqui uma antevisão dessa festa, António. Cantas mais uma música para nós? Estão a pedir no Facebook, estão a pedir no sms. Pode ser mais alguma?

António: Mas claro que sim. Tens alguma preferência, já agora?

Carla: Heartbreak Hotel...?

António: Ai, malandra...! One Night With You...

(Risos – porque tinha sido combinado que a Carla pedia One Night With You, mas depois pediu Heartbreak Hotel. Mas claro que António cantou o que a Carla pediu: Hearbreak Hotel).

Carla: Oh, yeah! (acompanhada de muitos aplausos). Estamos a marcar um Dia de Reis com o Rei do Rock, na Renascença.

(Seguiu-se outra rubrica do programa).

 

 

Depois de outro colega da Renascença, o Ricardo, ter pedido para o António cantar Love Me, foi exatamente isso que ele fez, para contendo de todos e muitos aplausos.

António: Muito obrigado!

Carla: Gostaste, Ricardo?

Ricardo: Gostei muito, gostei muito.

Carla: Oh, Aurélio, mais um pouco e temos mesmo de acabar... quais eram as maiores loucuras que as fãs do Elvis faziam nessa altura? O Aurélio era locutor de rádio, fez agora 60 anos de carreira, o que é magnífico, parabéns por isso. Quais eram as maiores loucuras, Aurélio?

Aurélio: Radiofonicamente, não me apercebia, mas quando enchi espetáculos em que aparecia alguém a cantar Elvis Presley... a Renascença teve um concurso, nos anos 60, “Os Caloiros da Canção” em que os concorrentes, cada um deles escolheu alguém para imitar. Houve imitações dos Everly Brothers, também do Ricky Nelson e apareceu também alguém a imitar o Elvis Presley e que ficou nos primeiros lugares. Principalmente quando eram os filmes. Quando eram os filmes de Elvis Presley, a plateia reagia com aqueles habituais gritos, essencialmente, os gritos femininos.

Carla: E que eram muitos, na altura.

Aurélio: Eram muitos, na altura. E que demonstravam a popularidade. Ficou-me só uma imagem, Carla, durante os primeiros tempos da vida do Elvis Presley, foi a tristeza com que as notícias chegavam dos Estados Unidos quando ele teve de se deslocar para a Alemanha, a cumprir o serviço militar. Não sei se eles pensavam que ele nunca mais voltaria. O certo é que ele voltou em força e continuou a ser o grande Elvis Presley.

Carla: Obrigada, Aurélio, também pelo seu magnífico testemunho.

(Segue-se música passada para os ouvintes).

 

Carla: Muito obrigada aos nossos ouvintes que nos acompanharam e acompanham ainda no Facebook, em direto, por isso, ligue-se ao Facebook da Renascença. Obrigada ao Paulo que tem a barbearia O Corvo na baixa do Chiado e que faz melhor do que ninguém a poupa à Elvis. À Célia, que é a presidente do clube de fãs do Elvis. Qualquer coisa, onde é que podemos encontrar, Célia, muito rapidamente...?

Célia: O site é www.elvis100percent.com.

Carla: Excelente. Aurélio, obrigada, parabéns. É uma carreira magnífica enquanto locutor de rádio.

Aurélio: E o Elvis continua todas as noites, na Rádio Sim, no “Suave é Noite”, com as canções mais suaves e românticas.

Carla: António, vamos lá terminar isto com uma grande música. O que é que vais cantar?

António: Suspicious Minds.

Carla: Bora!

(António canta Suspicious Minds, numa versão bem curta, porque o programa estava mesmo a acabar e teve mesmo de “cortar” a canção para a acabar quando lhe mostraram um sinal a dizer “20 segundos”! Terminou, mais uma vez, ao som de uma grande ovação por parte de todo o pessoal presente no estúdio).

Carla: Lindo momento, espetacular!



Legendas: Acesso direto aos 2 filmes em direto que a Rádio recolheu para colocar na sua página do Facebook.

 

E, realmente, assim foi. Tiraram-se fotos (que se podem ver aqui), a Renascença fez alguns filmes de atuações do António e entrevistas a ele e a Célia Carvalho que partilhou na sua página do Facebook (visualizados milhares de vezes), e que receberam imensos comentários extremamente positivos pelo facto da rádio estar a dedicar tempo a Elvis Presley e por terem um cantor que se parecia tanto com ele a cantar. Vamos deixar aqui alguns desses comentários:

 

Crisália Fernanda Duarte Batista: Estou a adorar esta manhã!!! É bom não deixar esquecer os que já não estão. Gostava muito de o ouvir e nos filmes. Ele deve estar a gostar que não o esquecem. Bom fim de semana.

 

António Serrano: Bom dia. Grande Dia de Reis e grande artista. O Elvis foi um artista da minha juventude. Fechando os olhos, parece mesmo o Rei. Bom fim de semana.

 

Luís Santos: Bom dia, gente linda!! Adoro ouvir o grande Elvis Presley!! Obrigado, RR, por este belo momento.

 

Susana Novo: Adorei ouvir, parece que estava a ouvir o nosso Rei. Parabéns.

 

Graça Almeida: É mesmo igual ao Elvis na voz e interpretação. Muitos parabéns.

 

Manuel Simões Dias: Bons velhos tempos, com uma voz 100% igual. Magnífico, parabéns!

 

Abraão Ribeiro: Conheço vários sósias de Elvis. O António surpreendeu-me pela positiva. Parabéns, António. Bom toque de guitarra.

 

Saul Henriques: Dia de Reis, com Elvis Presley! “O outro Elvis”... Bem Bom! Parabéns pela espetacular atuação!!

 

Pedro Ferreira Ferreira: Vila Real está a ouvir. Parabéns. Long live the King.

 

Mela Linhol: Brutal… estou a ouvir neste momento Suspicious Minds. Eu, que sou uma fã desde que me conheço. Bom dia.

 

Maria Ferreira: Adorei ouvir e ver o António Carlos Coimbra. Parabéns ao Clube. OBRIGADA, RENASCENÇA, passem mais músicas de ELVIS. Há muitas velhotas que são fãzonas de Elvis. Velhotas e não só.

 

Elsa Tavares: A semelhança é espantosa! Será que também é ator?...

 

Lucília Aurora Ferreira: Bom dia. Estou encantada. Obrigada.

 

João Faustino: Brilhante!!!

 

João Coutinho: É arrepiante. RR está de parabéns.


Victor Manuel Simões:
Até o sol brilha em Angra.


Paulo Correia:
Ele está vivo!
 

Da nossa parte, só podemos agradecer à Rádio Renascença esta oportunidade de levar Elvis aos ouvintes no Dia dos Reis, dois dias antes do seu aniversário e também pela possibilidade de anunciar o nosso próximo “Elvis & Friends”, em 26/03/2017.

 

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